O Mundial de 1934 como o de 1938 teve interesses políticos em jogo: o regime fascista subjugava a Itália, e o ditador Benito Mussolini planejou transformar o evento numa espécie de propaganda pró-regime. A influência indiscutível de Mussolini se impôs em diversos aspectos, como por exemplo a escolha pré-determinada de árbitros "suspeitos" nas partidas da anfitriã Itália. Decisões polêmicas foram tomadas, sempre em favor da Itália ( expulsões e gols anulados de adversário.) Alguns árbitros influenciaram tanto nos resultados da Itália que foram expulsos por suas pátrias após o torneio, caso do suíço René Mercet e do belga Luis Baert.
Duas peculiaridades marcaram a Copa do Mundo de 1934: O defensor do título, Uruguai, recusou o convite para participar, num boicote aos europeus por terem ignorado a edição anterior, em 1930 (Apenas 4 seleções européias participaram do torneio: Bélgica, França, Iugoslávia e Romênia), tornando-se assim o único defensor de título que não competiu no torneio seguinte. Além disso, a anfitriã Itália teve que passar pelas Eliminatórias, na única ocasião em que um país-sede precisou disputar Eliminatórias.
A final foi disputada no Estádio Olímpico de Roma, sob presença do imponente Mussolini e de outros 50 mil espectadores. A Itália empatou o jogo com a Tchecoslováquia no tempo normal, e na prorrogação Angelo Schiavio fez o gol do título italiano: 2x1.
Foi um mundial tenso, marcado pela gravíssima situação internacional, que levaria a Europa e o mundo à Segunda Guerra Mundial, pouco mais de um ano depois do certame. A Áustria que fora anexada pela Alemanha de Hitler não participou do mundial, pois foi obrigada à ceder seus jogadores à seleção alemã.
Na final, Itália bateu a Hungria por 4x2, tornando a primeira seleção bicampeã do mundo, e Vittorio Pozzo, o técnico, é até hoje o único técnico campeão mundial em duas Copas do Mundo.
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